terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Moranduba
Sinopse
A Moranduba de Jurema e Macunaíma é uma lenda Tupy-Guarani que conta a história de uma bela índia que chega na idade de casar.Muitos pretendentes tentam ganhar o coração de Jurema, mas a conquista do seu amor dependerá do guerreiro que passar por uma das provas de coragem imposta por ela. Dar um abraço mortal em uma cobra grande (Jibóia), roubar o maracá de uma maracabóia (chocalho de uma cascavel) ou arrancar com os dentes as orelhas de um jaguar (onça).
As três provas são executadas por guerreiros apaixonados, mesmo sendo valentes, não conseguem obter êxito e acabam sendo devorados pelas feras. Macunaíma, porém, é o único índio que não se dispõe a enfrentar as feras, e acaba convencendo que amor não se prova com sangue.
CONCEPÇÃO
MORANDUBA
O espetáculo resgata as “Morandubas” (histórias) que são pequenos contos criados pelas tribos Tupy-guarani. Nestes contos, os curumins (crianças) aprendiam algumas lições de vida. A maioria das histórias criadas tem como característica fundamental a comédia, isto é, as lições eram aprendidas com riso e descontração. As reuniões eram feitas ao fim do dia onde se reuniam em volta do contador. A sonoplastia serve como elemento ambientador. A floresta e os animais emergem por meio dos sons, realçando as cenas, que estão interligadas com letras compostas e tratadas adequadamente para cada ação.
A adaptação da história de Jurema e Macunaíma busca preservar a alegria e a perspicácia do roteiro original. Traduzida em Teatro de fantoches, utilizando luva e Bonecos articulados com fios, a Moranduba possibilita ao espectador a compreensão de fatos cotidianos por meio da comédia. O espetáculo preserva as características pitorescas da cultura dos povos Indígenas, bem como, um vocabulário extenso e apropriado ao texto. Cada personagem preserva seu nome que representa suas características pessoais, como por exemplo: Tataiça (fogoso), Carcará (valente) e Jacaúna (esperto). Todas estas qualidades reforçam os traços na criação de cada personagem que compõe e alimenta os aspectos engraçados e criativos que marcam as Morandubas.
Ficha Técnica
Espetáculo: Moranduba
Direção: Charles Kray
Figurino e confecção de bonecos: Tamara Cardoso André e Charles Kray
Músicas: Jerri Job
Arranjos: Dênis Job
Cenografia: Lucas Strey e Charles Kray
Adaptação: Tamara Cardoso André
Texto original: Heitor Luiz Murrat
Cia. Caras de Totem
A Cia. Caras de Totem foi fundada em 1993 pelo ator, bonequeiro e diretor Charles Kray na cidade de Santa Cruz do Sul. Desde a sua fundação o grupo já montou mais de dez espetáculos e participou de vários festivais internacionais de teatro de bonecos. Em 1996 o grupo foi considerado revelação a nível nacional no 9° Festival Internacional de Teatro de Bonecos de Canela com o espetáculo Moranduba. Mesmo trabalhando várias técnicas de construção e manipulação de bonecos, a Cia. Caras de Totem se especializou em teatro de luvas (tradicionalmente conhecido como fantoches).
Nestes vinte anos de existência, sob a direção de Charles Kray, formado bacharel em História, Teoria e Crítica de Artes pela UFRGS, a Cia. Caras de Totem desfruta de um trabalho ininterrupto durante sua existência. A busca de qualidade na confecção e Manipulação de bonecos é motivo de respeito entre os profissionais da área e o trabalho sempre bem vindo em escolas.
Em 2006 a Cia. Caras de Totem muda-se para Porto Alegre e desenvolve seu trabalho em muitas regiões do estado e do país. Uma das características marcantes do grupo é estabelecer seu trabalho junto às escolas favorecendo um ambiente de cultura e diversão transformando o educandário em território de cultura. Um dos maiores objetivos da Cia. é fomentar a arte do teatro de bonecos tornado-a popular, visto que é uma arte milenar e não pode ser esquecida. Acredita que o teatro de bonecos constrói um aluno sensível à fantasia e a poesia que está intimamente ligada a esta arte.
Currículo do grupo
Diretor e manipulador: Charles Kray
Formação: Artes Visuais- História, Teoria e Crítica de Arte (UFRGS) – 2010
Licenciatura em Artes Visuais (UFRGS) 2013
Cia de Teatro de Bonecos Caras de Totem
Fundação: 1993
FESTIVAIS
- 11° Semana do Teatro de Bonecos Associação Gaúcha de Teatro de Bonecos (AGTB) - 1995
- 8° Festival Internacional de Teatro de Bonecos de Canela – 1995
- 9° Festival Internacional de Teatro de Bonecos de Canela – 1996
- 12° Semana do Teatro de Bonecos Associação Gaúcha de Teatro de Bonecos (AGTB) – 1997
- 13° Semana de Teatro de Bonecos (AGTB) – 1998
- 14° Semana de teatro de Bonecos (AGTB) - 1999
- 15° Semana do Teatro de Bonecos (AGTB)- 2000
-18° Semana do Teatro de Bonecos (AGTB) – 2003
-13° Festival Internacional de Teatro de Bonecos Porto Alegre – 2004
- Porto Alegre em Cena (Bonecos em Cena) – 2004
- Festival de Teatro de Bonecos SESI Verão - 2007
-Festival Internacional de Teatro de Bonecos de Canela - 2007
- 9° Edição Porto Verão Alegre - 2008
- 23° Semana de Teatro de Bonecos Centro de Referência de Teatro de Bonecos RS – 2011
- 24° Semana de Teatro de Bonecos Centro de Referência de Teatro de Bonecos RS- 2013
MONTAGENS
- A Nova Semente – 1994 (bonecos de Balcão)
- A Cuca Vem Pegar- Monteiro Lobato – 1995 (bonecos de marrote)
- Moranduba – 1996 (Luvas)
- O Velho Contador de Histórias – 1998 (ator, figuras e objetos)
- João e o Pé de Feijão e suas aventuras- 2000 (Luvas e fios)
- Rabanete, Rapunzel... – 2002 (Luvas e varetas)
- Brincar de Gente Grande – 2004 (luvas)
- Trilogia do Lobo Mau – 2006 (Luvas, marrote e varetas)
- Fruteiro – (teatro de objetos) - 2010
- Rapunzel de colher - 2013
- Três Porquinhos - 2013
MONTAGENS EXTRA-GRUPO
- AT5 – Teatro de Sombras montado com funcionários da NET/TV apresentado em Rio e São Paulo – 2010.
- D. Quixote de La Mancha – Teatro de Sombras com alunos da Escola Jacob Bless – 2012
- Manipulação de boneco gigante junto ao The Blue Mans Group na inauguração da Arena do Grêmio- 2012
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